+ Conversa aberta com o autor
“Afinal, do que é que estamos tão esgotados, hoje? Inspirado em um vasto leque de autores, como Blanchot, Deleuze, Foucault, Agamben, mas também nas linhas erráticas de Deligny ou da esquizocenia, “O avesso do niilismo – cartografias do esgotamento” apresenta indícios, mesmo fugidios, de um deslocamento em curso. De quem? Do quê? Em qual direção? Não sabemos ao certo. É preciso imaginar uma cartografia do esgotamento que fosse uma espécie de sintomatologia molecular, operando a partir de figuras como desastre, deserção, catástrofe, dessubjetivação e mesmo caosmose. É nesses pontos de inflexão que se insinuam os contragolpes que denunciam o que caducou (valores, estilos, problemas). No avesso do niilismo, eles deixam entrever novos desejos e necessidades.”